Protestos no Rio de Janeiro, há um dia . |
Vai-se o tempo de
empunhar uma bandeira e ser militante de um partido. O que se vê,
hoje, nas ruas são cidadãos cientes dos seus direitos, lutando por
eles, mas de uma forma diferente. Para a minha geração, e, ainda
para muitos de nós, ser partidário, seguir uma ideologia, ainda é
o caminho de uma luta maior do que protestar seja por aumento de
passagens, ou mais qualidade da educação, dos hospitais etc. Era
pertencer a um projeto de nação.
passeata do impeachment, Anos 90. |
Desde a ascendência de
FHC e depois de Lula a Presidência tudo mudou, uma pasmaceira total.
Nem dava para lembrar os protestos do “Fóra Collor” e, tão
pouco, e para os mais antigos, “Diretas Já!”. Mas com esses
novos protestos, cuja a gota d'água foi o aumento das passagens de
ônibus, mudou tudo de novo. Movimento organizado nas redes sociais e
apartidário, sem mobilização desta ou daquela classe trabalhadora
(sindicatos e associações,...).
Movimento bastante
positivo, pacífico, como foram os que citei acima. Há pessoas mais
exaltadas que acabam enveredando para um lado que não ajuda. Em
muitos comentários, no facebook e “in loco” com amigos refleti
que, ao menos da maneira como penso, não há revolução sem
violência. Talvez porque eu esteja desiludido com a maneira de se
fazer política – e isso já faz algumas décadas que ocorre.
Candelária tomada no Comício "Diretas Já", anos 80. |
Mas outro ponto
importante é que a juventude que movimenta esses protestos de hoje,
não pensam nessa ou naquela ideologia, mas no fato concreto que é
preciso mudar a maneira de administrar o País, os Estados e os
Municípios. Não cabe mais frases como “rouba mas faz” - frases
que ficaram marcadas com o Ademar de Barros e Maluff – o
Manifestação contra a ditadura militar, anos 70. |
Um abraço e até!
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