quarta-feira, 19 de junho de 2013

Militancia e Apartidarismo


Protestos no Rio de Janeiro,  há um dia .
Vai-se o tempo de empunhar uma bandeira e ser militante de um partido. O que se vê, hoje, nas ruas são cidadãos cientes dos seus direitos, lutando por eles, mas de uma forma diferente. Para a minha geração, e, ainda para muitos de nós, ser partidário, seguir uma ideologia, ainda é o caminho de uma luta maior do que protestar seja por aumento de passagens, ou mais qualidade da educação, dos hospitais etc. Era pertencer a um projeto de nação.

passeata do impeachment, Anos 90.
Desde a ascendência de FHC e depois de Lula a Presidência tudo mudou, uma pasmaceira total. Nem dava para lembrar os protestos do “Fóra Collor” e, tão pouco, e para os mais antigos, “Diretas Já!”. Mas com esses novos protestos, cuja a gota d'água foi o aumento das passagens de ônibus, mudou tudo de novo. Movimento organizado nas redes sociais e apartidário, sem mobilização desta ou daquela classe trabalhadora (sindicatos e associações,...).

Movimento bastante positivo, pacífico, como foram os que citei acima. Há pessoas mais exaltadas que acabam enveredando para um lado que não ajuda. Em muitos comentários, no facebook e “in loco” com amigos refleti que, ao menos da maneira como penso, não há revolução sem violência. Talvez porque eu esteja desiludido com a maneira de se fazer política – e isso já faz algumas décadas que ocorre.
Candelária tomada no Comício "Diretas Já", anos 80.


Mas outro ponto importante é que a juventude que movimenta esses protestos de hoje, não pensam nessa ou naquela ideologia, mas no fato concreto que é preciso mudar a maneira de administrar o País, os Estados e os Municípios. Não cabe mais frases como “rouba mas faz” - frases que ficaram marcadas com o Ademar de Barros e Maluff – o
Manifestação contra a ditadura militar, anos 70.
que se quer é transparência na administração pública. Eles querem e nós – geração “caras pintadas” - e tantas outras mais antigas são leis mais coerentes, propostas de governo realistas, que haja vontade política honesta para resolver os problemas da sociedade.

Um abraço e até!

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