terça-feira, 28 de setembro de 2010

Candidatura a Presidencia do PCB

Olá!

Às vezes fico pensando em qual seria a melhor revolução para um Brasil melhor. Não acredito mais nas eleições por voto, qual é a representatividade de um candidato? São bastante interessantes as idéias do "Partidão" (PCB). Pena, como já disse, que não acredito na representatividade. A desigualdade existe até na hora em que os candidatos vão se apresentar. Mas, voltando ao Partidão, Leiam a Entrevista do Ivan Pinheiro ao ESHoje, do Espírito santo.  Um abraço, Blarg e boa leitura!

 

Ivan Pinheiro quer acabar com autonomia do Banco Central e suspender o pagamento da dívida externa

Em visita a Vitória, o presidenciável pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) apresentou propostas, segundo ele, para um "Estado forte, eficiente e a serviço dos anseios populares"
Por Priscila Bueker (pbueker@eshoje.com.br) Fotos: Leonardo Sá.
A praticamente uma semana antes das eleições, chegou a vez de outro presidenciável trazer ao eleitor capixaba suas propostas e projeto de governo. Na tarde desta segunda-feira (27), o Partido Comunista Brasileiro (PCB), trouxe ao Espírito Santo o presidenciável, o advogado carioca, Ivan Pinheiro. O candidato fez corpo a corpo no Centro de Vitória e, em seguida, se reuniu com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Espírito Santo(OAB-ES), Homero Mafra.
De acordo com Pinheiro, o partido comunista, um dos mais antigos do Brasil, tem por filosofia construir o poder popular e avançar na luta pelo socialismo no país. Dos 27 Estados Brasileiros, o partido está organizado em 21 deles. Destes, em 19 o PCB tem candidatos disputando vaga em todos os níveis. O partido não tem representatividade em âmbito capixaba. Porém, de acordo com o candidato, o PCB promove uma campanha política de caráter revolucionário e não apenas eleitoral.
Declaradamente de esquerda, contra as desigualdades geradas pelo sistema capitalista, Pinheiro ressalta que, na possibilidade de ser eleito, tomaria uma primeira medida: a suspensão do pagamento da dívida externa, para promover uma auditoria. Para ele, o governo Lula conseguiu avançar, mas dentro dos moldes capitalistas, dando lucro só para os bancos.
"O Brasil gasta 35% do orçamento corrente para pagar dívida. Eu acabaria com isso, como também, com a autonomia do banco central e fortaleceria os bancos públicos estaduais. Uma outra proposta é reestatizar algumas estatais estratégicas que foram privatizadas no governo FHC, como a Vale do Rio Doce. O capitalismo vive uma crise sistêmica. Nós estamos em um Estado patrimonialista, aparelhado. Só o socialismo seria capaz de combater esta desigualdade econômico-social", declarou.
Na área social, o candidato comunista criticou o bolsa-familía como sendo uma medida compensatória, mas que o próximo presidente terá que mantê-lo. "O bolsa-família é uma política que não tem porta de saída. Ele evita que as pessoas passem fome, e por isso, o próximo presidente terá que dar continuidade. Minha proposta é transformar o bolsa família, de esmola, para um elemento propulsor de educação, saúde e desenvolvimento. Nós iríamos estudar para ver como isso seria implantado", ressaltou.
Pinheiro acredita que algumas medidas deveriam ser tomadas para que se alcance a verdadeira igualdade social. Dentre elas, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim do fator previdenciário,  a reforma agrária,  a erradicação do analfabetismo e  a polêmica legalização do aborto. De acordo com o presidenciável, mais do que construir um novo país, ele o pretende fazer juntamente com os trabalhadores e o povo. Quanto à  própria organização política, o candidato defende uma reforma, com plebiscitos e referendos sobre temas de interesse nacional e um Congresso unicameral, com extinção do Senado.
"A continuidade do capitalismo é uma ameaça à própria vida, à natureza e à espécie humana. Este sistema está completamente falido e somente uma grande frente anticapitalista e anti-imperialista, envolvendo organizações políticas, movimentos populares e setores progressistas da sociedade, será capaz de lutar pelas transformações sociais, econômicas e políticas necessárias para a superação deste sistema. Somos contra à supervalorização do dinheiro e a favor da vida e do desenvolvimento social", enfatiza.
 
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Desigualdade na campanha. De acordo com o presidenciável comunista, o advogado Ivan Pinheiro, o fato de sua campanha ser menor, em vista dos concorrentes Dilma Roussef (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), não atrapalha na divulgação e no acolhimento  de suas idéias de campanha. Para ele, o PCB cumpre seu papel que é o de trazer uma nova alternativa e de qualificar o debate.
"Quando registramos nossa chapa, não tínhamos nenhuma ilusão de que a mídia nos beneficiaria, até porque somos contra essa política imperialista, dos grandes empresários, a qual ela faz parte. Estamos na semana anterior à eleição, e quanto a Dilma e o Serra, um gastou R$ 180 mi e o outro R$ 200 mi em campanha. Nós gastamos R$200 mil. Mas, nossa maior satisfação está em levar para o eleitor um novo projeto político, ideológico, doutrinário socialista condizente com o desejo popular", explicou Pinheiro.
Ele ainda explica que um segundo objetivo de sua campanha está relacionado à organização do partido. "Logicamente precisamos do seu voto, mas está sendo ótimo percorrer o Brasil e ver que nossa campanha está sendo bem aceita. O Partido Comunista Brasileiro teve uma cisão em 1992 , do qual originou o Partido Popular Socialista(PPS). Só que ficamos em desvantagem, algumas pessoas até achavam que o partido tinha acabado. Em 1996, conquistamos nosso registro e foi agora, a partir de 2005, que voltamos a nos organizar efetivamente. Creio que em breve teremos candidatos aqui no Estado", ponderou.
2° turno. Sobre um possível 2° turno entre a petista, Dilma Roussef(PT) e o tucano, José Serra (PSDB), Pinheiro não acredita que aconteça na atual conjuntura. Ele explica que, caso ocorra, o PCB terá uma árdua tarefa ao definir seu apoio. Para Pinheiro, a diferença entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia está ficando cada vez menor.
"O governo Lula avançou, não nego. Será que haverá um 2 ° turno? Duvido. Pois para nós, a escolha será difícil. Em 2006 apoiamos Lula , porque entre ele e Geraldo Alckmin, ele era menos pior. Sinto também que, caso aconteça este segundo pleito, pode ser entre duas candidatas mulheres. É o que sinto nas ruas", disse.
Sobre os resultados das campanhas, o candidato é enfático: "Vamos analisar com carinho nosso apoio, caso aconteça esse 2° turno. O fato é que este pleito é totalmente desigual, inclusive para nós.Uma pesquisa revelou que, ao final destas eleições, 98% dos eleitores sairão sabendo quem são Serra, Dilma, por exemplo, e suas propostas, partidos e idéias. Enquanto que, quanto aos partidos de esquerda, apenas 5% sabem de nossas idéias, projetos e relação com o Governo Lula", finalizou.

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